Celebração do Passado Para Construir um Futuro
- Jéssica Marques
- 1 de ago. de 2020
- 1 min de leitura
Olá, Leitores!
“Turu Bom”?
Eu não tinha ideia do tanto de celebração que existe no dia 25 de julho. Só de seguir páginas de Instagram sobre cultura e literatura me deparei com tantas celebrações de mulheres negras que não podia deixar passar essa data sem uma mini-homenagem:
Esse é o Dia Nacional de Tereza de Banguela, é o Dia da Mulher Negra,
é o Dia da Mulher Latino-americana e Caribeña e é o Dia Nacional do Escritor…

E como o tempo urge, enquanto desenvolvia esse texto abraçando tantas datas comemorativas, meu eu-escritor foi surpreendido novamente por mais uma data para celebrar no calendário: Ontem, dia 31 de julho, foi o Dia da Mulher Africana Continental e Afrodiaspórica 🥰
Tendo esse mix de celebrações neste mês de julho, que acaba de findar, nada mais justo do que fazer da literatura um grito de alegria e amor sobre as nossas vidas….mesmo que tardia:
Sem mais delongas apresento meu poema-manifesto em prol das mulheres negras desse mundão das Deusas:
Expressionismo Negro
o grito que sobe do nosso âmago
e gruda na nossa jugular
como uma loba feroz, que ao se deparar com o brilho da lua cheia
necessita se libertar e chamar os seus
sejam eles dessa ou de outras vidas
esse espírito livre tem a forma feminina
tem um corpo mutável
um corpo "adaptável" às atrocidades mais perversas
feito de marcas
de dores
de cores
que ainda assim são invisíveis
mas não mudas
quando ouvires sussurros pelas paredes
somos nós, infiltradas nas veias de todo um povo
povo apagado com um giz pastel branco, que se diz Salvador em pele de cordeiro
ainda a espera da verdadeira libertação que quero ver acontecer diante dos meus olhos

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